EFEITOS DA INSTRUÇÃO VERBAL E DA INTERVENÇÃO POR VÍDEO NA LARGADA EM REGATAS À VELA
RESUMO
João Santos, Gonçalo Dias e Duarte Araújo
Este estudo teve como objectivo investigar como é que o desempenho de jovens velejadores emergia na largada em regatas à vela de acordo com diferentes tipos de intervenção, nomeadamente: a instrução verbal fornecida pelo experimentador e o visionamento de vídeo com os aspectos fundamentais da largada. A amostra contemplou 12 velejadores do sexo masculino, classe Optimist (12.00 ± 1.41 anos), com 3 a 5 anos de experiência de prática na modalidade, integrados no ranking regional e nacional. Os participantes foram distribuídos por três grupos com 4 elementos cada: Grupo I (Vídeo); Grupo II (Intervenção Verbal) e Grupo III (Controlo). O grupo de intervenção por vídeo mostra uma tendência de melhor desempenho nas seis largadas, obtendo uma frequência relativa de verbalizações com 71.8%. Relativamente à auto-percepção dos velejadores, constata-se que o grupo de intervenção por vídeo foi o que obteve a melhor percepção, alcançando 87.5% das verbalizações correspondentes à posição relatada. Conclui-se que o tipo de instrução fornecida aos velejadores antes da realização da largada pode ter influenciado o seu desempenho, principalmente quando o experimentador recorreu à intervenção indirecta (vídeo). Presumivelmente, este tipo de intervenção direccionou a atenção do velejador para os principais aspectos técnicos da largada e localização dos adversários, facilitando o seu processo de tomada de decisão.
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